A Secretaria de Estado da Saúde (SES) deu início, nesta segunda-feira (11) à capacitação sobre as ações de Vigilância em Saúde Ambiental (VSA) para municípios e Regionais de Saúde do Maranhão. O treinamento acontece no Praia Mar Eventos, em São Luís, reunindo os profissionais que irão desenvolver as atividades de ampliação e implantação da vigilância em territórios considerados prioritários.
"O Maranhão é o único estado do Brasil que tem três biomas em seu território. Isso já é uma forte evidência da importância do que a gente precisa fazer em relação à vigilância e saúde ambiental. Somos uma zona de transição de ambientes e, por isso, devemos estar atentos a essas modelagens, o que reflete nos indicadores epidemiológicos de agravo doenças, no bem-estar da população, no monitoramento do solo, da água e ar", disse a secretária adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Deborah Campos.
A coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental da SES, Lorena Franco, destacou as diretrizes da qualificação. "A capacitação é importante para fortalecer as ações da vigilância de saúde ambiental nos territórios. Nossa meta é que os municípios tenham mais autonomia para atuar na sua capacidade de resposta frente aos fatores ambientais que podem interferir na saúde da população, assim como as próprias regionais de saúde, com seus técnicos capacitados em algum momento de algum surto ou algum desastre ambiental", destacou
Dos 217 municípios maranhenses, 105 possuem VSA implantada, enquanto que outros 112 considerados prioritários pela SES precisam implantar ou ampliar os serviços executados a fim de viabilizar a mensuração de dados que promovam intervenções de prevenção a doenças e agravos relacionados ao meio ambiente.
"O Ministério Público Federal recomenda que os municípios façam a vigilância em saúde ambiental, ainda mais agora que temos vivenciado um cenário de alterações climáticas importantes", afirmou o superintendente de Vigilância Sanitária da SES, Edmilson Diniz,
Entre os pontos que serão discutidos com os participantes nos quatro dias do treinamento, estão "Metodologias e Ferramentas para a operacionalização da VSA", "Critérios para municípios prioritários e modelo do plano", "Monitoramento de resíduos de agrotóxicos na água de consumo humano", "Principais estratégias para realizar o monitoramento", "Responsabilidades: Municípios, Laboratórios e Empresas de Abastecimento de Água", entre outros.
José Antônio Soares é coordenador de Vigilância Sanitária e Ambiental no município de Cajapió e comentou que a capacitação veio para aperfeiçoar o trabalho que já é realizado no território. "O treinamento vai fortalecer ainda mais e dar visibilidade para o trabalho que já é efetuado. Será algo excelente, tanto para a saúde do município, quanto para a população, que vai ser beneficiada como um todo", comentou.
A enfermeira e coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental de Arame, Bianca Sindeaux marcou presença na capacitação para agregar conhecimento na implantação do serviço. "Nós já desenvolvemos alguns trabalhos junto com a Vigilância Sanitária e a Secretaria de Meio Ambiente, mas estamos agregando as duas para tentar desenvolver o melhor para a população. Lá, a região faz parte da Terra Indígena Araribóia, e estamos lutando para conseguir controlar a questão de doenças parasitárias e com a vigilância ambiental isso irá facilitar muito o desenvolvimento do nosso trabalho".
O evento acontece até esta quinta-feira (14) no preparo e aperfeiçoamento dos profissionais da saúde para que possam desempenhar suas atividades com maior autonomia e independência nos seus municípios de atuação, além de desenvolver novas competências consideradas essenciais e estratégicas para a organização das ações de VSA.
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